domingo, 20 de abril de 2008

Na calma da tarde

Com um tempo destes que convida ao recolhimento do sofá, penso em frases carinhosas e busco as tais folhas brancas, guardadas sem cronologia e transcrevo-as, aqui sem a tremura da minha mão nervosa, segurando a caneta...

"Quando o sol se ergue, eu penso em ti,
Quando o vento sopra, o teu cheiro está no ar,
Quando me sinto só, ouço tua voz que me chama.
Sempre no silêncio da noite, eu penso em ti,
Na cama onde me deito, imagino tua presença,
No espelho onde me olho, vejo o teu sorriso,
Se um soluço me consome, eu penso em ti.
Se me doi a alma, é por ti que me consomes,
Se te suporto a ausência, é porque sou louca,
E se o tempo passa e é sempre assim,
É porque... eu preciso de ti."


Esta é para pensar: Propõe a ti mesmo um objectivo que dure toda a vida.

Tchau

sábado, 19 de abril de 2008

Ausência que me custa...

Afastei-me por uns dias que foram longos, de tão ocupada que estava. A vida me preocupa, a burocracia me desgasta, a impaciência leva-me a pensar desistir, mas não posso.
Nesta fase já não posso, há mais pessoas em jogo, que dependem de mim e que me ajudam também..
Estou certa que, dentro de poucos meses, vou estar estoirada mas de sorriso escancarado e a festejarmos todos a "obra" concluída.
Então terei mais tempo para a escrita, para a divagação nas palavras, na elaboração de textos que me enchem de entusiasmo. Até lá, limito-me a pequenos apontamentos e frases que partilho com alguém...
E se estou em luta comigo, regresso aos momentos que escrevo para o Amor.

"Hoje por ti estou em luta
Num fogo que m' incendeia
E num desejo que me queima.
Hoje não seguro tanta vontade
Nem disfarço as intenções
Invasoras do meu ser.
Hoje, os teus olhos me despiram
Tua boca cantou na minha
Tuas mãos serpentearam
Pelas estradas da minha pele.
Hoje, sorriste-me porque sim
Agarraste os meus cabelos
Abraçámos esta imensa espera
E convidaste o meu corpo.
Hoje e sempre és tu, sou eu,
O nosso bem querer
Sem regras nem espaço
E damos largas à vontade.

Hoje, qu' importa o tempo.
Que se lixe a hora!

*************

E porque dá que pensar, pensem......

"Fecha sempre as portas com suavidade, inclusive as que encerram etapas da tua vida".

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Fruta ... sem época

Hoje é para ti que estás longe...
A Primavera demasiado quente deixou-nos e um temporal e Inverno veio baralhar-nos o corpo.
Tão depressa destapámos mazelas e de novo repescamos edredons e casacos.
Eu fui apanhada neste vaivém ambiental e há dias que me arrasto de cabeça pesada e corpo martirizado. O sofá não tem o espaço que preciso para esticar a quentura que me invade e a cama é demasiado grande para estar só.
Por ti me ergui para te "falar", por ti seguro na mão dorida um telefone que não toca, de ti espero uma palavra de carinho mas desculpa esta impaciência...
... mesmo que estivesses perto de mim não veria teus olhos por tão enevoados os meus estarem...
... mesmo que aqui estivesses, não conseguiria sentir esse cheiro doce que me deleita ...
... msmo que me pedisse para dançar contigo, de qualquer "jeito" surpreendentemente dir-te-ia NÃO porque as costas rígidas me negam qualquer balanço ...
Para ti estou aqui, mas não estou para nada! Quero silêncio e mesmo esse traz zumbidos que me despertam deste sono febril.
Porque o que nós sentimos não tem tempo nem espaço, de mim para ti o melhor.
Tua.
Aos outros, convido-os a pensar e a opinar - "A vida sem um bom amigo é meia vida."
Tchau.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Quem me dera ir


Fecho a porta aos pensamentos negativos, digo adeus aos hipócritas, estico as costas vergadas pelos dias e embarco na imaginação fértil que me acompanha. O avião levanta voo e o estômago não manifesta desconforto pelo impulso. Estou tranquila e noutra! Chego lá. Hoje dispenso ruas povoadas, templos de deuses, ruínas e busco o deleite numas águas azuis, moles, quentes e relaxo embalada por um sol aconchegante.
Acorda! Tás aqui tás t'afogar!
Vou!!


segunda-feira, 24 de março de 2008

Porquê isto?

Adoro escrever, transmitir sentimentos., divagar sobre comportamentos, exprimir ideias que preenchem o meu viver.
Desde sempre, amigos e família foram os destinatários dos meus postais e cartas, nas mais variadas ocasiões.
Blocos amarelecidos, folhas soltas, papelinhos quase indecifráveis, "Livros Brancos" , guardam anos e anos das minhas memórias, o que vivi e quis viver, feliz e infeliz, retalhos de momentos, de sonhos acordados a meio da noite, em prosa ou em verso.
Às vezes vou relê-los e sorrio porque os mais longínquos transcrevem a inocência e a ingenuidade que perdi.
Muitas vezes arrepio-me porque, apesar da distância, "sinto" de novo o que me fez escrever. Reconheço que não digeri ainda os passados que me magoam, as sensações que me provocam uma tremura fria, difícil de controlar.
Incomodada, mas satisfeita pela construção, pergunto-me amiúde "Fui eu que escrevi isto?"
Guardo-os no sítio do costume, sem ordem, sem datas, só eu sei a cronologia que os organiza. Quem sabe se um dia os publico?!
Quem sabe, alguém dirá que são bem melhores do que muitos que por aí circulam.
Agora, porque me incentivam, porque me pedem, inicio-me nestas "lides" , um método que me amedronta, que me constrange mas que não descarto e vou tentar.
Um comentário, um poema, uma citação, um desabafo, é o que trarei, quando tiver tempo ou me apetecer e depois, logo se vê. Talvez dê liberdade a um ou outro desses rascunhos guardados e que de privados, passem a públicos.
Leio e releio, corrijo e vacilo...
Por hoje chega e porque todos nos queixamos dele sugiro:
"Arranja tempo livre para poderes perdê-lo"


domingo, 23 de março de 2008

Bom Dia!

Hoje estou feliz e, pela primeira vez, pus-me a escrever aqui.

N joy.