terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Como o tempo passa...

Os dias "fogem" por entre os dedos, tão velozes como a ânsia de viver, como a vontade de ver surgir algo de novo na minha vida, nas nossas vidas. E o tempo passa.
O que há mais de nove meses estava em marcha, foi concluído.
Escrevi a minha história, o meu "Grito de Alma".
Desci às profundezas do meu eu, digeri mágoas, excomunguei fantasmas e estou mais leve porque ... a saudade é a memória do coração.
Gostava de o publicar, após alguns retoques, pelos motivos óbvios.
Haverá por aí algum editor interessado? Estou "on", aberta a contactos e ideias. Não posso deixar esta energia que me invade a mente e me comanda a escrita.
O outro projecto que em simultâneo cresceu, também foi acabado, mas aguarda deliberação oficial, há quase cinco meses.
E veio o Verão, a luz dos dias e as luas das noites, a ansiedade, o calor das ideias e dos desejos.
E chegou o Outono sereno, sorridente nos lábios e nos olhos de quem sente e sonha.
E o Inverno trouxe-me surpresas castradoras: à espera infindável que não cessa e me desassossega as noites já inquietas, junta-se agora o desemprego na alvorada do Ano Novo.
A Crise! A crise que enche as bocas dos que tudo têm e dos que nada têm.
À inflação, à depressão, à recessão, junta-se a "aflição" de não ter trabalho e fazer parte do enorme grupo de mais de 460 mil desempregados (fora os não inscritos), que buscamos algo no meio "confusão" do nada que se nos apresenta.
Todos os dias (e horas) o bombardeamento das notícias de fechos, insolvências, falências de empresas não bafejadas pela benesse governamental de injecções financeiras, quiçá por demais beneficiadas com facilitismos durante anos de incumprimentos e fugas ao fisco.
Está tudo mal em todo o lado, mas neste pequeno país há muito que o desgoverno governa, a corrupção grassa, o desenvolvimento estagna e a apatia impera.
O Mundo é pequeno e o "tudo" é agora um "nada" absoluto.
Cada dia, mal abro os olhos, penso que ao fechar-se uma porta se abrirá uma janela, larga, escancarada à luminosidade que me espera e valerá a pena viver.
Aqui voltei, aqui quero escrever as minhas frases rimadas, os meus desabafos ou desatinos, os pretensos poemas que me nascem da alma, que a boca não soletra mas que às vezes, a mim mesma me surpreendem pela profundidade.

"... Tenho dias que sufoco com tanta informação...
... preciso respirar montanhas verdejantes e beber rios que cantam..."

Chega por hoje, o amanhã é já futuro.

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